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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Deixado o medo e solto os belos rebanhos,
Eia, dês os veredictos às celestes, julgando.
Eia, decidindo a melhor imagem da face,
Esta maçã, amado broto, ofereças à mais luminosa!


"O Rapto de Helena", Colutos

Estava semeada a discórdia. Quem seria mais bela: Afrodite, Atena ou Hera?
- Hermes – disse Zeus – leve essas três até o Monte Ida. Lá você encontrará um pastor chamado Páris e lhe ordenará que ele entregue este pomo de ouro àquela que julgar mais graciosa.
Era pra ser uma disputa limpa. Mas Atena, julgando-se sábia, foi a primeira a tentar subornar o jovem, prometendo-lhe vitórias nas pelejas: “Obedece, guerras e invencibilidade te ensinarei. Aos afliltos varões te porei salvador da cidade.”
Hera não deixou barato: - E é? – e vira-se para o filho de Príamo - Pois, se o broto me deres, de toda a nossa Ásia te porei senhor.
Páris estava grogue. Não acreditava no que seus olhos e ouvidos captavam. Mas abestalhado mesmo ele ficaria com a proposta de Afrodite. Sim, a deusa do amor estava tão certa da vitória que nem deu atenção à plataforma eleitoral de suas rivais. – Estás vendo isso? – pergunta, desnudando o véu e inaugurando o topless – É fichinha perto do que te darei se for tua eleita. Te farei esposo de Helena, a mais formidável pequena de toda a Lacedemônia. Que me dizes?

Mais tarde, na casa do Centauro, na Tessália, por ocasião do casamento de Peleu e Thétis, o pai dos deuses inquire seu mensageiro:
- E aí, quem levou?
- Rá! Ainda pergunta?
- Ih... Isso ainda vai dar merda.
- Ô!
- Mas isso é problema dos troianos. Ganimedes, traz mais uma cumbuca de ambrosia, faz favor!

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